Investir em ouro e metais preciosos: vantagens, riscos e se vale ou não a pena
Descobre como investir em ouro e metais preciosos: tipos, custos, vantagens, riscos práticos e exemplos. Saiba se este investimento é adequado para ti e como o incluir na tua carteira com segurança.
DICAS
10/16/2025
Muita gente vê o ouro como um porto seguro — um ativo que resiste melhor em períodos de crise, alta inflação ou instabilidade económica. Mas será que investir em ouro e outros metais preciosos é realmente tão vantajoso como se pensa? Neste post vou explicar de forma prática, com exemplos, vantagens e riscos, para que possas perceber se faz sentido para ti.
O que significa investir em ouro e metais preciosos
Investir nestes ativos pode assumir várias formas:
Ouro físico: barras ou moedas que realmente possuis.
ETFs ou ETCs ligados a ouro ou metais: instrumentos financeiros que acompanham o preço do metal, mas sem a necessidade de guardar fisicamente.
Ações de empresas de mineração de ouro ou produtoras de metais preciosos.
Derivativos: futuros, opções, contratos de diferença (CFDs), etc.
Ouro digital / tokenizado, cada vez mais em debate, embora com questões legais/regulatórias a considerar.
Cada forma envolve diferentes custos, liquidez, riscos, questões práticas (armazenamento, autenticidade) e implicações fiscais.
Tributação em Portugal
Para seres mais informado, é importante saber como funciona a taxação em Portugal:
ETFs / ETCs de ouro ou instrumentos financeiros similares: as mais-valias mobiliárias são tributadas a 28% para particulares residentes.
Ouro físico (barras e moedas de investimento): aplicação de impostos varia — pode haver encargos relacionados com a diferença entre o preço de compra e venda, embora haja isenção de IVA para ouro de investimento.
Custos de armazenamento, segurança, comissões de compra/venda também devem ser considerados na avaliação do retorno líquido.
Vantagens
Proteção contra inflação e crises — quando outras classes de ativos estagnam ou desvalorizam, o ouro tende a manter parte do seu valor.
Diversificação — distribuir o risco num portfólio onde haja ações, obrigações, imóveis, e também metais preciosos pode reduzir perdas em cenários adversos.
Liquidez, se escolheres instrumentos financeiros — ETFs ou ETCs facilitam entrar e sair do investimento.
Valor tangível (no caso do ouro físico) — ter algo físico pode dar segurança psicológica, embora acrescente complexidade prática.
Riscos e desvantagens
Não gera rendimento regular — ouro não paga juros, nem dividendos; ganhos dependem do aumento do preço.
Custos elevados no ouro físico — armazenamento, seguro, transporte, verificação de autenticidade, etc.
Volatilidade de curto prazo — os preços podem oscilar bastante.
Riscos fiscais ou de regulamentação, especialmente com novos produtos (tokenização, plataformas pouco reguladas).
Liquidez menor no ouro físico — vender pode demorar, exigir garantias de pureza ou certificações.
Exemplos práticos
Exemplo 1 – ETF de ouro: imagina que investes 5.000 € num ETF que replica o preço do ouro. No espaço de 3 anos, o ouro sobe 30%. Consideras também que pagarás 28% de imposto sobre a mais-valia quando venderes. Após impostos e taxas de gestão, talvez o ganho líquido seja de ~20-22%.
Exemplo 2 – Ouro físico: compras barras ou moedas; guardas-as num cofre (pagas seguro, armazenamento). Se houver valorização, parte dos teus ganhos será consumida por esses custos, e a revenda pode exigir verificação ou intermediários.
Em que situações pode valer mais a pena
Poderá fazer sentido para ti se:
Tiveres horizonte de investimento a médio-longo prazo.
Quiseres usar ouro como “seguro” ou hedge contra inflação, crises ou perda de confiança nos mercados.
Já tiveres uma carteira diversificada, e queiras incluir uma parte menor dedicada a ouro/metais preciosos.
Quiseres evitar complicações físicas (optando por ETF/ETC) ou tiveres capacidade de suportar os custos extra se fores pelo físico.
Conclusão
Investir em ouro e metais preciosos pode valer muito a pena, como parte de uma estratégia mais ampla e equilibrada, especialmente para proteger o património e diversificar. Porém, não é uma solução perfeita nem uma garantia de retorno; há custos, riscos e decisões a ponderar.
⚠️ Aviso final
Este post serve para te dar informação e ajudar a tomar decisões com mais conhecimento. Não oferecemos recomendações ou aconselhamento financeiro. As tuas decisões devem ser feitas com base na tua situação pessoal, perfil de risco, e, se necessário, com apoio de um profissional.
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